quinta-feira, 5 de julho de 2007

Rolos gigantes

A alma que teve um dia a peregrina ideia de colocar rolos fotográficos gigantes na antiga estação de comboios da cidade nunca imaginou o que outras almas fariam com esse mesmo rolo a horas adiantadas da noite. Eu explico.

Esses rolos fotográficos do tamanho de uma pessoa serviam como uma espécie de posto avançado de uma cadeia de lojas de revelação de fotografias. Estavam colocados em diversos locais públicos. A P. até trabalhou no do Cais Sodré, se a memória não me falha, sítio onde foi escandalosamente assediada... A malta ia lá deixava os rolos para revelar e depois passava lá para levantar as fotografias. Acho que eles não tinham espaço lá dentro para ter uma máquina de revelação ou uma câmara escura (!). Os próprios funcionários mal cabiam lá. Por isso devia haver algum sistema de estafetas, o que pouco importa para a história.

Não sei porquê mas sempre implicámos com esses rolos e ainda mais quando a nossa amiga P. não começou a ser bem tratada nesse ramo do comércio.

Uma noite, depois de chegarmos de Lisboa, ficámos na estação a tagarelar quando alguém pensou: e se puséssemos aquele rolo na linha do comboio? Só para ver o que acontece. Agarrámo-nos ao bicho com unhas e dentes mas ele era pesado (puxa!). Tentámos, tentámos, até que o rolo ficou simplesmente caído. Também era uma ideia um bocado parva e com consequências imprevisíveis...

Hoje os rolos quase acabaram e agora só há ficheiros digitais, mas experimentem pôr um cartão SD gigante ao pé da linha de comboio que logo vêem o que acontece!

(Se alguém entretanto se lembrar de mais pormenores desta noite é favor comentar!)

2 comentários:

Anónimo disse...

Por aquilo que ainda me lembro, posso acrescentar que uma vez que não conseguimos meter o rolo no meio da linha tivémos a brilhante ideia de o colocar com a porta minúscula de entrada virada para uma porta que nunca abria da antiga estação.

O resultado final seria: a cara de espanto da pessoa que teria que lá ir trabalhar no dia seguinte; o facto de precisar de uma valente ajuda para pôr aquilo no sítio; e finalmente, a trabalheira que iria ter para arrumar as coisas que tinham algumas delas seguramente ficado estilhaçadas quando deixámos cair o rolo!

Abraço
prof. snhecs

Caleja disse...

Lembro-me que a ideia principal era levar para a estação o Palhaço Ronald, a mascote do McDonalds. Esse plano, embora de dificil execução, não foi para a frente porque havia uns quantos "betinhos" que tinham peçonha dessa superficie gastronómica. Sempre que a ideia estava prestes a passar à práctica, esses utópicos falavam sempre em touradas, tenis sintéticos, letra X para e para ali, espinafres, arroz integral, capitalismo, berimbau, e outras cenas maradas.
A minha luta com o McDonalds da nossa terra não era idêntica à desses amigos. A revolta devia-se ao seu surgimento, em troca do saudoso Quadriga..