quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Mas há alguém que sabe alguma coisa de futebol?

Enquanto via o Portugal-Finlândia e me vomitava com o chorrilho de pseudo-estatísticas que os comentadores debitam hoje em dia nos jogos de futebol - estatísticas sem qualquer interesse nem sentido - lembrava-me desse grande personagem que é Gabriel Alves. Recordei com alegria as suas sentenças - "Michael Thomas, grande jogador, fã de Robert de Niro"; "Está nesta noite mais de 100% de humidade relativa" - e pensei que podia escrever algo sobre o futebol na nossa cidade. Mas eu que nunca passei de um mero Vidigal, conhecido como "Vide", pensei então deixar aqui um desafio ao Maradona e ao Caleja, para que nos recordem as histórias do Sabuga, do Gomes, do Pélé, do Júnior, etc. - todos eles marcas inolvidáveis do nosso passado. Posso contar com vocês?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Fatto l'amore con Control


Para ser sustentável o seu governo, uma grande cidade tem que ter ordem.
A nossa cidade tem uma ordem camuflada mas que todos que nela habitam reconhecem. Tal como existe em Itália, Nova Iorque e na zona de Amarante, aqui também existe a famosa Máfia. Podemos não ter uma equipa na 1º Liga de Futebol, ou mesmo um "Diamante Negro" ou "Calor da Noite", mas temos um Capo que zela por todos nós, garantido a nossa segurança e autonomia face às várias ameaças externas. Que ameaças? "Vocês sabem de quem é que eu estou a falar..."

Dom Fabri
é o chefe do nosso burgo. Descendente dos famosos sicilianos Fabrizios, herdou da sua Mamma, esta bela localidade, tendo aqui os seus negócios e pacata vida. Escondido num nome mais indígena, Paulo (mostrando, desta forma, uma bonita aculturação), é frequente vê-lo a passear (vigiar) nas nossas ruas, cumprimentando e ser cumprimentado por quem, honradamente, o respeita, bem como entrando em establecimentos comerciais para reclamar, de forma pacata, o seu merecido pagamento em troca da paz que oferece.
A sua figura, por si só, transmite tranquilidade e calma, tal como o seu sorriso estático que facilmente nos comove.
É um homem abastado, com posses, mas que não promove a ostentação e o despesismo. Respeita o menos afortunado monetariamente.

Para mim, houve três momentos em que se revelou acima do comum dos mortais:
- quando passeava com seu tijolo (20x10cm) topo de gama amarrado à cintura, havendo mesmo quem dissesse que dava para receber e fazer chamadas telefónicas;
- quando, numas festas locais, dançou (sem nunca largar o tijolo da cintura que, de certa forma, o equilibrava) com uma lânguida Micaela, ao som do "Chupa no Dedo". Recordo que a Micaela estava, como é óbvio, muito nervosa com a sua presença;
- quando participou no filme Titanic ao lado de Di Caprio. Convidado por James Cameron, aceitou um relevante papel dando o seu nome ao da personagem, conseguindo, desta forma homenagear a sua familia que cedo saiu da pátria-mãe em busca de glória em partes longínquas e desconhecidas.

Esta homenagem que Hollywood lhe prestou colocou-o à frente da lista dos três melhores actores que o nosso feudo deu ao Mundo. Agora, atrás dele, encontram-se o Rocha (Duarte e Companhia, Arre Potter que é d'mais!, Há Revista no Parque, Queres Fiado? Toma!, entre outros) e o, não menos talentoso, Hitesh, que se revelou com a sua comovida performace da Eneida, no Anfiteatro da ESPAN, estando aínda hoje nos meus ouvidos o seu grito por "Cartago!!!Cartago..."