terça-feira, 14 de outubro de 2008

"Puta vida merda cagalhões"

Bienvenido al canal Titan. En momentos se muestra una cronica que contiene palabras que pueden herir la sensibilidad del espectador.

Numa sociedade regida pelos paradigmas normais da boa educação, o uso do calão, "alhos e bugalhos" e outro tipo de "caralhadas" (daquelas que o senhor Carlos do Vegas evitava a todo o custo para não ofender "mulheres casadas") é altamente discriminado e proíbido. Pelas grandes viagens que já fiz na minha vida (e foram muitas desde da No até Lisboa, pelo comboio), vi que essa sociedade que a minha mãe sempre me falou e fez questão de me incluir, deve estar mais longe do aquilo que ela pensa. Eu diria mesmo que poucos a habitam. Aliás, deve ser mais difícil entrar nessa Sociedade do que "sacar um boquete" a mim próprio. E não é pelas costelas ou por falta de elasticidade, é que é mesmo mitra e cheira a fénico constantemente, e depois também há o beribéri...

E quando não conseguimos juntar-nos a um grupo só temos uma coisa a fazer, criar um outro grupo, de preferência totalmente o oposto do que está em vigor. E foi isso que fez a personagem de quem hoje vos quero falar, o Titan.
Titan só sabe dizer asneiras. Não é dizer merda, é mesmo dizer palavrões. Em toda a frase que profere há sempre meia dúzia de caralhadas que, à primeira vista parecem descontextualizadas, mas, no mundo de Titan, fazem todo o sentido. Para Titan, os palavrões são a pontuação de uma frase bem falada ou escrita. São os adjectivos, as metáforas, os advérbios, o sentido das frases, são uma gramática completa de trazer debaixo da língua. A frase, a questão, o paleio, tudo isto só fica completo se tiver uma obscenidade.
Quando Titan nasceu e o médico lhe deu as palmadas no rabiosque cheio da goma da bejuegua de sua mãe, Titan não chorou. Em vez disso, virou-se para o médico e carinhosamente (como qualquer bebé quando é bebé) disse-lhe: "A quem é que estás a bater ó filha da puta? Se queres bater bate aqui uma pívea, cabrão do caralho! Devias era ir pá cona da tua mãe mais longe!". Logo aí se viu que Titan não era igual ao comum dos mortais. Mas também não era diferente, era Especial. "Pronto Titanzinho, já passa, o dr. já vai levar tautau. Mau!", terá dito sua mãe para o acalmar, ainda desconhecendo que aquele era o estado normal do seu rebento. "Cala-te mas é ó puta do caralho! Dá cá mas é as tetas para eu mamar antes que te ponha aí o Zé que Chupas para sacar uma ganda espanholada e mandar-te molho inglês para as trombas!", retorquiu Titan, com a bem vincada ingenuídade de uma criança acabada de ser colocada nesta selva.

Titan cresceu, foi aprendendo e inventando mais palavrões para completar as suas ideias e pensamentos enquanto dialogava com os seus amigos (que por sinal foram sempre dos mais retardados da história local, vá-se lá saber porquê). Na escola, as idas ao quadro nunca eram amigáveis aos ouvidos mais sensiveis. "Em que ano se deu o Grande Terramoto de Lisboa, Titan?" perguntou a sua professora. "É fácil, mas antes de mais vai pó caralho! Foi no ano de 1755 no dia em todas as putas e paneleiros da merda de Lisboa foram às igrejas fazer broches aos padres e comer cagalhões cheios de hóstia", respondeu Titan. "Escusava de ser tão completo, mas está certo. Olhe que no teste tem linhas limite para responder às questões, seja mais sucinto.", aconselhou a prof.

Entretanto fui perdendo o rasto a Titan. Sei que dá aulas de português a jogadores de futebol estrangeiros, que cumprem a primeira época no nosso país. O último diálogo que assisti foi no seu casamento com o Petit, o único com quem é capaz de falar sem que o outro se ofenda ou dê o devido troco. A cerimónia passou-se da seguinte forma:
Padre: - Titan, aceita casar com o Petit Trabuco equipado à Boavista e que tem como padrinho o Martelinho? E tu, Petit?
Titan: - Com todas caralhadas que tenho na boca para dizer hoje e sempre!
Petit: - Fodasse! Nem que eu tenha que pedir outro caralho de outro nariz ao cabrão do João Garcia da próxima vez que for aos Himalaias, hei-de ser sempre bonito para o meu grande Monte de Merda que é o Titan!

Bonito, não é? E praguejaram felizes para sempre...

domingo, 21 de setembro de 2008

O Enigma de JLM

Andei cerca de 20 dias a matutar sobre a pertinência do post "Só na sanita!", colocado por JLM. "Mas porque razão se fala da retrete e do que se lá passou, se isso não faz parte da nossa terra? Será que a temática que fez com este espaço tertúliano nascesse já foi alterada? E ninguém me avisou? Nah.. o JLM deve ter alguma razão para esta cena... É verdade que ele sempre foi muito à frente do seu tempo e dos seus pares, mas esta eu vou atingir". Foram estes pensamentos que me assolaram a mente durante quase um mês. Dúvidas, pesquisas, investigações, interrogações, tudo isto roubou o meu tempo. Esqueci família e amigos. Deixei mesmo de ver a homenagem a Camilo de Oliveira na SIC. Abstrai-me tanto do quotidiano que quando fui pôr gasolina ao fim destes 20 dias fiquei surpreendido, pois tinha baixado 1 cêntimo. "Dasssseee!" O Mundo andou mesmo...

Mas estas buscas e privações não se revelariam infrutíferas. Cheguei onde o JLM nos quis levar.
A relação do seu post com a nossa terra, é que o actor principal do mesmo é o Rocha do Duarte e Companhia! Custou mas foi! Vai buscar!

Rocha é um membro ilustre da nossa terra. Já foi mencionado neste espaço, embora nunca como actor principal, logo ele que nunca o foi. Mas hoje vou-lhe erguer uma estátua, uma homenagem merecida por quem muito já me deu. Sim, é verdade! Rocha já me ajudou muito. Passo a explicar.
Rocha reside no café do Alfredo em pleno topo da No Ending Street. Bem no cimo da rua, onde já sabemos que metade do percurso já está feito. É lá que estão as casas mais caras, os melhores serviços (Café Arcada, Notário, etc) e foi onde viveram também os saudosos guardiães da rua, Galvão, Bruno 7º, Bruno de Óculos, Chôras, Calvário, Manel e Zé Piqueno.
Sempre que eu ia a caminho da estação, do Jota Pimenta, do café do G. ou a casa de JLM, ia pela No. Quando chegava ao cume, lá estava ele, sentado na sua mesa no café do Alfredo. Ele fulminava-me com aqueles olhos de quem já matou pessoas e eu, amedontrado, só conseguia mirar o seu bigode farfalhudo. Quando regressava dos meus múltiplos périplos da vida (e desculpem se eu tenho uma) lá continuava Rocha, aínda com a mesma chávena de café. Foram anos assim. Muitas vezes olhava em volta a ver se alguém via o mesmo que eu ou se aquilo era só um holograma imaginário produzido pela minha mente já cansada de tanto escalar a rua sem fim.
Eu questionava-me constantemente: "Como é que ele fez o Duarte e Companhia se está sempre aqui? Eu vi essa série e os cenários não eram o café do Alfredo! E as peças no Parque Mayer, como e quando é que as faz? Ele está sempre aqui!" É que peças de revista como "Tás com pressa? Vai mas é para o Parque, mais ó caralho!", ou mesmo "Jogas com as pedras no Parque e então sou a seguir ao Parque!",não foram, segurantemente apresentadas e ensaiadas no café do Alfredo!
E na mente dele, em relação a mim, será que pensava o mesmo? "Como é que este sócio anda na faculdade, mama na boca de grelucho largo, é um gajo maneiras para os seus, tem tempo de escrever num blog que nunca é visitado e sofre por um clube sem glória, se anda sempre aqui a subir a No? Alfredo orienta mais uma bica, mais ó caralho! Olha aqui está mais um bom título para a revista, "Orienta mais uma bica, mais ó caralho no Parque!". Tenho que dizer isto ao Zé Raposo e à Marina Mota."
Mas este homem é a razão por eu ainda não ter ido para a prisão mamar marros de blacks mal intencionados ou apanhar bué de sida de seringas perdidas no meio do empadão de carne, reliogiosamente servido às segundas-feiras. É que sempre que havia um acto criminoso à hora que eu andava naquele lugar mítico ele era o meu álibi. Ele via-me. Ele sabia que eu não podia ter cometido um acto criminoso, se estava a subir ou a descer a rua. "Não senhor guarda, esse rapaz não esteve em Mogadouro a dar pontapés na tromba de senhoras brasileiras que desviam senhores casados do recanto do seu lar. A essa hora eu, Rocha, actor, entre outras composições dramaticais , de "Vai mas é bater pívias para o Parque!", vi-o a passar por aqui. Está inocente.".
Tanta vez imaginei estas palavras a sair de sua boca, a salvar-me, quando eu já estava algemado a entrar para dentro de um carro da polícia, ouvindo as famosas frases: "Cuidado com a cabeça" ou "Meninos bonitos como tu a Lady Mulher do Mantorras adopta logo. Não vais ter problemas na choldra, ele/ela protege-te. Só que daqui a uma semana quando te quiseres peidar, cagas-te."
Felizmente, nunca foi preciso o Rocha fazer isso por mim. Nunca fui sequer suspeito de qualquer desvio à Lei. Mas sei que o Rocha faria isso por mim. Aliás, eu faria o mesmo por ele. A sua situação era idêntica à minha. Eu também era o seu álibi. Eu salvar-te-ia Rocha, se fosse necessário. Se depender de mim os únicos chatos que viverão no teu bigode são os que apanhaste daquele japonês a quem sempre chamaste chinês.

Ganda Rocha, só espero que esse aperto que deste nesse fiscal de linha não te coloque problemas. É que isso está gravado. E aí, eu não poderei fazer nada. Mas se fizeste isso pelo Benfica, é óbvio que terás uma medalha no 10 de Junho. É que este país ainda não está maluco! Bem haja!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

"You know what Ol'Jack Burton always says in a time like this..."

A década de 90 nem sempre foi um sucesso no que diz respeito à nossa evolução socio-cultural, bem como à superação físico-motora que o desenvolvimento da sociedade impunha ao nosso corpo.
Num exercício rápido, das coisas boas dessa década, podemos recordar a dobragem para brasileiro dos Soldados da Fortuna (Esquadrão Classe-A), a existência da linha telefónica 10 10 10, onde podíamos ganhar montes de prémios se soubessemos que o Corcunda mais famoso era de Notre Dame (e não dos Jerónimos), e, também, que Michael Thomas, além de ter "big balls", era fã de Robert Niro.
Por outro lado, das coisas más, tentamos esquecer que o Aramis nos desenhos animados do D'artagnan era, na realidade, uma gaja boa ou, de forma mais penosa, que qualquer cigano podia ter umas calças El Charro ou Uniform, sem que por isso tivesse dado 15 contos (na moeda antiga), como qualquer outro otário de diferente etnia ou credo não residente no Bairro da Fonte.
Mas, para mim, houve outro facto que marcou de forma mais negativa a última década do século passado, os Limpos.
Os Limpos foram o movimento mais estúpido e destruídor de capacidades motoras de jovens dos anos 90. Basicamente (para quem só chegou agora ao Mundo ou andou agrilhoado numa cave com 30 gatos durante 15 anos, tendo agora atrofia de movimentos e claras dificuldades em lidar com luz natural ou em articular palavras), os Limpos consistiam numa ameaça constante por parte do sócio mais parvo da rua que, ao simular que nos ia bater (mas sem tocar, pois se isso acontecesse insurgia no acto penalizante contra si próprio denominado Sujos), fazia com que nos retraíssemos ou tivéssemos um acto defensivo, vulgo reflexo. Posto isto, o autor emítia o grunho "Limpos" e enfiava, sem sabermos de onde vinha, no nosso peito, de forma binária, os 5 dedos juntos de uma mão com uma força tal que aínda hoje há pessoas com "cancaro" no peito por causa disso.
Este acto, além dos efeitos negativos imediatos, facultava, no corpo e psique humana, danos colaterais irreparáveis. Atrás de um Limpos vinha outro. Quando surgia o acto de castigo acima descrito, o sócio tinha por hábito realizar um novo Limpos. Consequência imediata: castigo a dobrar. Além disso, começaram a surgir novas variantes de Limpos: Babalus, Cabongues e outros nomes derivados de uma série horrorosa japonesa que tinha como personagem principal um gajo que deu origem a um jogo para nerds sem vida social, o Sodoku.
Foram momentos de stress, privação de liberdades e alegria. Vivia-se em constante alerta e numa contracção muscular altamente perigosa. A qualquer momento podia vir uma ameaça. Começámos a petrificar, a ser blocos de gelo sem expressão. Os reflexos naturais de um corpo são desvaneceram-se lentamente. Aos poucos, ficámos sem reacção a movimentos ofensivos à nossa integridade física. Eu que era um gajo que praticava artes marciais nunca mais ganhei um combate, pois pensava sempre que os ataques que sofria podiam ser um Limpos. Isto para não falar nas lesões na cabeça e os ossos partidos. Tempos difíceis...

Até que um dia alguém, muito zangado, que já tinha perdido familiares e amigos e farto de ver outros a ficarem, irremediavelmente, perdidos para a vida devido às lesões crónicas, decidiu sensibilizar o dono da brincadeira que, passado uns dias publicou o seguinte Édito: "NÃO HÁ LIMPOS EM 97!"

Agora sim, os que ficaram poderiam, finalmente, viver felizes para sempre.... pelo menos até surgir a Piada da Mãe.

Nesta nostalgia nostálgica recordo aqueles que, por desconhecimento das regras, ficaram por debaixo de carros e comboios. Infelizes, não sabiam que a única regra que nos defendia era que não havia Limpos com objectos...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Direito à resposta


Massa de Esparguete, galopante fumador de cigarros em elevadores de prédios residenciais, lançou pertinentes questões acerca de Dominik (vide post "A inconsciência dos sonhos"), que dão espaço a alguma reflexão. Questões de vária índole como, "Afinal como é que Dominik ficou coxo?" ou uma outra, mais transcendental e esotérica, "Terá tão mítica e novelesca figura realmente existido?".

Vamos por partes, começando pela questão mais fácil, a segunda.

Dominik existiu e existe. É um facto comprovado. Não é um mito urbano. É uma lenda viva. Tem uma sapataria e descendência directa. Já o vi e ouvi e sei que existe. Conduz boas motos e carros (Batmobile, ape50 da Piagio), faz magia enquante cose sapatos e mata pessoas só com um murro. Tudo isto é verdade. Tou-te a falar a sério!

A primeira questão é, de facto, um grande mistério. No burgo, o único mistério comparado com o que aqui se fala, é só o episódio real em que o Barata teve 18,4 no exame de Português e, mesmo assim, chumbou. Daaa-sse!

A principal causa do deficiente andamento de uma perna de Dominik tem sido alvo de diversas teses e versões que só o próprio poderá confirmar. Mas porquê que nunca ninguém lhe perguntou? Mentira. Essa questão já foi diversas vezes colocada a Dominik, mas nunca houve uma coerência nas respostas, facto que tem alimentando cada vez mais este mistério. As respostas foram várias: "Adormeci em cima de uma pedra fria"; "Fui atropelado"; "Foi na Guerra"; "Foi o Petit"; "Foi a entreinar as fintas com o Dominguez".
De facto, cada episódio parece ser mais verosímil que o outro. A confusão impera. Há lacunas na comprovação dos factos avançados por Dominik. Será tudo uma estratégia de marketing? Que produto será este, o Dominik?
Eu acho que ele é um agente secreto. Ou já foi. Foi enviado para o nosso burgo com uma missão. Qual? Por quem foi enviado? Porquê? Isso é outro campeonato... não sei. A confusão sobre o seu passado, o disfarce de sapateiro-palhaço, um cão que canta, um murro que mata pessoas, tudo isto é estranho e suspeito. E há outra coisa. Há quem pense que, na sua bengala, se esconda uma espada... Porquê? A verdade é que um dia o Massa de Esparguete tentou desenroscar a bengala e ele ficou inquieto.. Será que Dominik é um vagabundo tipo o da "Fúria Cega" que um dia pára numa localidade para ajudar as gentes locais? Esse também tinha uma espada na bengala... Será que a sua missão aínda não acabou? Instalar-se na No Ending foi essencial, pois aí não há lei e ele, hoje, é uma autoridade, no alto da sua cadeira de sapateiro.

Não sei... há qualquer coisa que me inquieta naquela figura. Ele sempre disse que nos protegia. Tem uma pistola de alarme para afastar as pessoas que jogam à bola perto da sua janela, ele, facto, é algo fora no normal.

Ou será que Massa de Esparguete tem razão e ele é uma figura "mítica e novelesca" que está só na nossa imaginação? Um anjo na Terra? Michael Landon?

"There was a game we used to play
We would hit the town on Friday night
And stay in bed until Sunday
We used to be so free
We were living for the love we had and
Living not for reality

It was just my imagination"

(The Cranberries - Just my Imagination)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

GORDAAA!!!

(desculpem, mas apeteceu-me desabafar.)

domingo, 8 de junho de 2008

A inconsciência do sonhos


Há dias visitei a exposição patente no Palácio Nacional da Ajuda sobre a vida de José Saramago. Em determinada altura, já perto do final, a guia de serviço fala das milhares de cartas que o Nobel recebe na sua casa em Lanzarote, cartas essas provenientes dos mais variados pontos do globo e das mais diversas personalidades do mundo literário e do mundo desconhecido. O curioso da situação, para a guia, era que muitas das cartas não levavam o endereço completo. No envelope só constava: "José Saramago - Lanzarote". E as cartas chegavam ao destinatário. Saramago é tão conhecido, tão conhecido, mas mesmo tão conhecido (em Lanzarote) que só precisa de constar no envelope "José Saramago - Lanzarote". Nem é preciso saber qual a praceta, qual a rua, qual o largo, se é perto do Café Central, da mercearia ou da padaria. Só se precisa de saber que Saramago tem poiso em Lanzarote. Se escrevermos bem Lanzarote, vai lá ter. É tiro e queda.
Bem, isto foi algo de extraordinário para as duas dezenas de reformados que me acompanhavam na visita à exposição. E logo neles que lêem Saramago desde 1998. Eu fiquei estático, pensando para mim "Qual é o business? O que é que isso tem de especial?". É que Lanzarote, além de não ter muitos habitantes com o nome de Saramago não deverá ser um local com bué ruas e códigos postais diferentes. É que aquilo é vulcões e mais nada. És mesmo grande Saramago. Até um carteiro saído do Ensaio sobre a Cegueira deve encontrar a casa do Saramago e da sua Pila(r).

Mas o caractér excepcional dessa situação morre logo quando eu me relembrei que, já na minha terra (bem antes de 1998, logo bem antes de Saramago ser conhecido para aquela guia e para os reformados que a acompanhavam), havia alguém que gozava desse estatuto de ser tão conhecido que na sua correspondência constava o mínimo de informação possível no rosto envelope. Esse sr. era e é o famoso palhaço-sapateiro Dominik. As suas cartas só tinham que dizer: "Dominik - No Ending Street".
Para que fique registado, Dominik é pai de Nikito (que trabalha "em escritório"), pai de outra míuda que nunca teve crédito do pai (logo não sei o nome), amante de múltiplas vizinhas (aínda as come), amigo e conhecido de muitos "manos", constructor de um bunker em África "anti-minas", detentor de mais de 3 mil contos (moeda antiga) em sapatos numa cave (não sei se anti-minas se anti-ladrões), dono do Sório (cão que ladra, morde e canta) e proprietário de uma hacienda junto ao liceu local, onde tinha cavalos, frigorificos velhos e um projecto de uma piscina que só teria água pelo joelho para niguém se afogar. Dominik (a quem um dia por engano escreveram Domingos no B.I. e não Dominik, como diz chamar-se na realidade), é também um ex-futuro treinador da nossa equipa da rua, mas como nunca arranjamos umas madeiras que ele nos mandou roubar nas obras, nunca nos "entreinou". As suas virtudes são tantas que até sabe, por associação de ideias, que todos os skinheads que vivem no Bairro Alto têm Sida.
É um poço de sabedoria. A sua maior mágoa e o que aínda hoje tem preso na garganta, é que em mais de 10000 espectáculos que fez em cerca de 20 anos de carreira (uma média de "500 por ano", desde que Nikito se tornou apto para a prática de tão nobre actividade de palhaço) nunca descobriu "Quem pisou?". Realmente é triste. Mais triste aínda quando pensamos, que alguém tem coragem de pisar na perna, pelas costas, um digno palhaço que é coxo... Ao que o Mundo chegou.

Não haverá um Nobel para este senhor?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Cartaginensis

Ó Caleja!

Já que começaste a falar de teatro... Para quando um textinho sobre esse épico que o Liceu da cidade teve a oportunidade de assistir, cujo clímax era essa evocação suplicante e aflita: Cartaaaagoooo!!!

Um abraço amigo,
John Lee Moore
(sim aquele nome que aparece sempre nas bibliografias que inventámos para diversos trabalhos do secundário)

sábado, 22 de março de 2008

Não negues à partida uma peça teatral que desconheces

Durante o árduo caminho que nos levaria a completar o 11º ano de escolaridade, a nossa professora de português, comummente conhecida como Bimba, no intuito de desenvolver o nosso gosto pela leitura e estudo, resolveu levar-nos ao teatro.
"Fixe, maneiras!", pensámos todos em conjunto. "Um dia sem aulas, uma visita de estudo sem ser ao Palácio local, e, acima de tudo, ir para os bancos de trás do autocarro fazer bué da merda pa caralho e mamar na boca de umas sócias todas languí, que ficam aínda mais malucas nestas ocasiões. E também curtimos teatro, como é óbvio".
No entanto, logo à partida, começámos a ficar privados dos nossos intentos. A prof. de Gaia (e a sua famosa lenda que nunca conseguiu contar) avisou-nos que o teatro era à tarde (logo havia aulas de manhã),que íamos de comboio pois o evento tinha lugar em Benfica e que a peça era de Gil Vicente, o "Auto da Índia". Que merda do caralho, logo eu que julgava que ia ver a última performance de Ruy de Carvalho (ia-se reformar) ao D. Maria ou uma cena experimental sobre "As Brumas de Avalon", com bruxas e espadas, mais ó caralho!
Após uma viagem que não merece relato, pois só 5 de nós foram catados no comboio e só a 3 colegas nossas é que lhes apalparam as mamas (também não me lembro de tantas mamas assim, merecedoras de tal afecto, embora houvesse quem tivesse por 3 ou 4 e que não vinha do planeta Marte nem do Total Recall), chegamos ao teatro.
Tava meia casa, pois tinha faltado uma turma da Damaia (que pena, tinha sido tão bom este choque intercultural, gente boa, com certeza). Já encostados nas cadeiras e preparados para bater choco durante 1 hora (menos os teacher's pet, que estavam munidos de blocos e folhazinhas com cheiros para tirar pertinentes notas), aproxima-se uma senhora que nos diz: "Obrigado por terem vindo. Este grupo de teatro é muito especial e merece toda a nossa atenção e respeito. Espero que gostem do espectáculo e lembrem-se, TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS."
Ficamos todos a matutar nas últimas palavras da sócia. "Que quererá dizer com aquilo? Queres ver que vai haver actores de diversas raças e credos? Por mim, na boa. Auto da Índia é uma rábula à época das Descobertas, deve ter actores a fazerem de africanos e indianos. Parece-me bem, trouxeram actores com tez parecida e assim poupam na rolha queimada." Ficamos de sobreaviso, mas nunca à espera do que iria suceder...
Dá-se inicio à peça, está escuro e não se vê nada (não é piada racista, as luzes estavam apagadas), há o som alto de "Like a Virgin" e um bacano a fazer de narrador e falar uma cena de difícil descodificação. Aí pensei: "Estes gajos são bons, o bacano está a falar em latim e tudo, como a personagem do Joane, o Parvo, no Auto da Barca do Inferno. Não estou a perceber um cu disto, mas é muito à frente".
De repente acendem-se as luzes e surgem os primeiros actores... A meia casa encolhe-se, os nossos olhos ficam vidrados e ninguém pestaneja. Estavamos perante uma peça de teatro protagonizada pela companhia teatral CRINABEL!! "Que ganda vergonha! Bimba do caralho! E agora? Será que posso rir das piadas ou pensam que vou tar a gozar? Aquilo não era latim, pois não?", foram alguns dos pensamentos reinantes na minha cabeça desconexa e envergonhada.
A peça decorreu sem problemas de maior e fomos o público mais respeitador que alguma vez existiu. Tão respeitador que, no fim, alguém da produção teve que começar a bater palmas, tirando um peso dos nossos ombros, soltando-nos para uma estrondosa ovação de pé aos interpretes, que bem a mereçaram. Passámos de um público de uma parada militar chinesa a um público tipo "Fiel ou Infiel".

Que cena marada... As horas que se seguiram foram de constante revolta contra a Bimba e contra os outros profs que se colavam as estas iniciativas, que sabiam onde íamos e ao que íamos, sem nunca nos terem avisado. Se a outra senhora não tivesse feito aquele aviso prévio eu ia pensar que era para os apanhados.
No regresso ninguém conseguiu mamar na boca nem fazer No Nameeeess...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Frases de uma (parte da) vida - 2º acto

O Caleja não tem deixado este blogue e a nossa cidade ficarem mal na fotografia da blogosfera. Muito lhe agradeço. Não esperava outra coisa dele. Já o Maradona tem andado ausente, ainda que, na minha humilde opinião, com uma qualidade acima da média, às vezes à noite...

Acrescento mais umas expressões para este compêndio do léxico que forma o nosso húmus cultural (fosgasse, sou um intelectual!).

Cá vai:

- "Vais comer isso tudo?" ou "Já não te apetece mais?"
- "Fodasse, a omolete tem buéda sal"
- "Meat is murder" (com galinhas e facas em papel quadriculado)
- "Tás com pressa, vai para a escola!"
- "A tua mãe, tá lá?"
- "Vou mamar bué na boca"
- "Então, vais prá escolinha?"
- "Ela bebeu whisky"
- "A P. abdicou..."
- "Calma, G. Ninguém te roubou nada!"
- "Vocês comigo encheeem!"
- "Desire...Desire..."
- "Vou pedir à Sónia um livro da última prateleira"
- "Fafanculo! - Olhe que eu sei italiano!"
- "Zézinho, comeu espinafres, foi?"
- (Dentro de uma loja) "Granda pivete... Foste tu?"
- "É preciso é cuspir!"
- "O problema do _ é pasta de dentes..."
- "Ainda tens o cigarro escondido na meia?"
- "Zéééééééééé, Josééééééééééé!!!"

Um abraço a todos.
Stay!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Frases de uma (parte da) vida - 1º acto (não confundir com X-Acto)

Ao longo da nossa vida vamos sendo confrontados com ideais, leis e frases que, de forma mais profunda, se vão prolongando no nosso imaginário e condicionando o nosso modus vivendi.
"Nessa pequena aldeia" (uma pequena homenagem a Antony Carreer) de onde este espaço é inspirado, muitas foram as frases que, surgindo do nada, triunfaram nas nossas memórias, tornando-se, nos dias de hoje, Verdades Universais que, qualquer Ser inteligente tem que adoptar para sobreviver nesta selva urbana feita de mises en scène totalmente descabidas e só perceptíveis aos olhos de uma cada vez mais escassa Adília Lopes.
O rol que, em seguida, será exposto não terá mencionado o autor original da correspondente citação. Esta situação é um claro exemplo da pluridade e multiculturidade que estas expressões atingiram. São de todos e para todos...

- "La bagage est la ba";
- "C'est parisible"
- "I was born in a big bad gueto. Sou condenado só porque sou um grande preto!"
- "Fizemos bué da merda pa caralho..."
- "No Nameeeeeeeee, No Nameeeeeeeeee....."
- "Porto, Porto, Porto, Porto!!"
- "Bateste-me? Vou chamar o Galvão!"
- " Nemecek, Nemecek, Nemecek!"
- "O quê? Ficaste porco?"
- "Também sempre foste o mesmo paneleiro de sempre, nestas merdas"
- "Tou todo fodido..."
- "Só mais um bagaço.."
- "Uma cueca, uma cabra e vou-me embora"
- "Então, viste o jogo da NBA ontem à noite?"
- "Paula! Não vai ser essa bolacha..."
- "Tu! Tu não tens razão de queixa!!"
- "O Guita era amigo, até foi lanchar lá a casa.."
- "3 pontos pó Saquíto!"
- "Drinking sucks"
- "Ganda mongo!"
- "És o pior!"
- "Vai comer um cagalhão cheio da sangue"
- "Já sou vice!!"
- "O chinês dá-me a volta ao estômago"
- "Vai levar a Susana a casa..."
- "M., tens a certeza?"
- "Então Sérgio, uma senha para o almoço?"
- "Claro sr. Frade"
- "Mas o meu nome não é Frade?"
- "Pois, e o meu não é Sérgio"
- "Forty years!!"
- "Gastam o dinheiro todo no Bola d'Ouro e depois não têm para as fotocópias..."
- "Fotocópias... Olha fotocópias.."
- "Walking away to Pendão?"
- "À migri migri mi, nada me catchenga. À migri migri mu, nada me catchenga"
- "BSF BSF, fica n'Amadora, BSF BSF, fica n'Amadora"


Esta é uma amostra que espero ver completa por aqueles que aínda deitam um olho a este local já tão moribundo como o antigo passeio junto à rede, que ligava a estação dos caminhos de ferro à parte alta do nosso feudo.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

"Nas cooooooostas???" (para ter o efeito desejado, este título tem que ser lido com uma voz esganiçada)

Uma vez vi um bacano vestido com um pijama a cheirar a queijo, um blusão de cabedal e um gorro às riscas a la carocho, a dar pontapés numa bola de basket vazia. Para compor o ramalhete, ao mesmo tempo que presenteava a sua audiência com tamanho espectáculo, degulava uma sandes de couve (acabadinha de colher na horta e de ser cozida).
Confesso que me causou estranheza tal situação ao ponto de pensar: "Ganda mongo! O sócio passou das marcas. Então eu tou a comer um frango assado com batatinha e ele come sandes de couve? Tá a mandar bicos numa bola que, supostamente, se joga com as mãos? E convém tar cheia.."
Como eu não era muito famoso entre os meus amigos nem tinha nada que lhes interessasse, pensei que gozar com este bacano me iria trazer um momento de diálogo com alguém, nem que seja por 5 minutos. Virei-me para o meu colega, que já me comia a 3ª perna de frango (e dava-me em troca o pescoço e as asas), e disse: "Olha-me aquele otário que ganda... - Estílo!!", interronpendo esse meu amigo, evitando que eu cometesse uma heresia. "Estílo?", pensei. "Claro, estílo, que mais?", disse eu nada convicto. "Adorava ter um gorro daqueles (com a Dica da Semana enrolada, aínda fazia uns trocos no Jardim de Belém nos domingos à tarde)", continuei sem me desmanchar, com o objectivo de manter uma conversa. Mas porque raio teria aquele gajo estílo?
Nessa noite percebi que tava errado e que o meu colega tava certo no seu raciocínio. Já sem a indumentaria da hora de almoço, o bacano era outro. Vestido com uma t-shirt de Super-Homem e um cabelo bem orientado com gel, arrasou. Arrasou e agasalhou, entrando mesmo no novo ano a fazer cafuné a uma sócia que tava toda languí por ele.
Afinal aquilo era tudo estratégia. O gorro preparava o cabelo para a nova dose de gel, o casaco adaptava-se ao corpo, a bola vazia tinha o efeito de bola medicinal e servia para fortalecer as pernas e a sandes de couve era para criar habituação à boca de um possível molho de grelos que poderia lá passar pela noite dentro.. E o pijama a cheirar a queijo? Isso aí já era mesmo molenguice.
Ele era o melhor Clark Kent que eu já tinha conhecido, só que não usava óculos nem tinha um caracol manhoso na testa. Não havia Lex Luthor nem Kryptonite que o travasse. Dasse!! O sócio tinha mesmo estílo...


Nota de autor: até à data os meus posts têm se regido por uma real crónica dos factos ocorridos na terra onde vivo e cresci, ou de pessoas que lá viveram ou passaram. Hoje decidi mudar um pouco. Esta estória nunca ocorreu, creio mesmo que tudo é tão irreal que até vocês já tinham notado. Talvez um pormenor ou outro até passe, mas confesso que a cena da sandes de couve e os bicos na bola de basket vazia talves tenha sido um insulto à vossa inteligência. Ok, pensei que escapasse de filéu. Peço desculpa. E só de pensar que aínda tive para pôr que este episódio se tinha passado numa terra chamada Coina.Isso era o auge! Seria quase um episódio do Twilight Zone ou do Prédio do Vasco. Mas ao menos serviu para dar uma pequena lição de vida. Uma fábula com uma moral subliminar, "Não devemos julgar o outro por aquilo que come ao almoço."

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Este blog precisa de dar uma "guinada"! (mas, primeiro a escola!!)

Certo dia, no lugar onde "Fumar charros é fixe" ou onde se ficou a saber que para se levar no cu bastava "um insignificante sorriso. Ah!", estava eu, o R., o P. e o camarada Russo. Russo já não era um jovem quando apareceu nas nossas vidas. A sua idade já bateria nos 18 (já fumava e corria o boato que enfiava esféfias) a julgar pelo porte atlético e pela estupidez que irradiava da suas palavras. Desconheço se terá origens na pátria de (filho de) Putin mas creio que a sua classificação virá da sua exuberante cabeleira loura, não fosse ele filho de uma cabeleireira.
Embora fraquinho em termos de presença e alma, Russo também fazia aquilo que qualquer Ser (humano ou não) conseguia, fazer chacota de P.

Nota: P. tinha esse dom, era vulnerável a esse tipo de situação. Funcionava como um escape, tipo: "Não há bola para dar uns toques? Então bora gozar com o P." Era um excelente desbloqueador de conversas. Hoje a juventude não tem destes ícones, prefere jogar à cobra no telemóvel...

Nessa tarde, Russo já estava a abusar ao ponto de P. se sentir incomodado. P. opta por responder à letra deixando Russo à beira da humilhação. Como R. e eu presenciamos tudo, Russo nunca poderia omitir tal situação. Para se salvar só havia uma solução, "dar nos cornos" ao P. Com astúcia, prevendo que o ataque iria começar de forma irada, P. voou até à porta do seu prédio. Não se deixando apanhar fechou-se, ficando a observar pela janela o seu predador, que salivava, à espera de um deslize.

Aos poucos o clima ia esmorecendo, o tédio ia-se apoderando de mim e R. É aí que decidimos agir. Combinamos com Russo que iriamos provocá-lo ao ponto de ele nos atacar. Desta forma, fugiriamos para o refúgio de P., que nos salvaria, abrindo a porta do seu prédio (um gesto de amigo, como sempre foi). Como P. nunca tinha lido a Iliada ou a Odisseia desconhecia a lenda do Cavalo de Troia. Uma vez lá dentro, abririamos a porta a Russo para que se saciasse à vontade. Assim feito, quando P. menos esperava foi traído.. Russo entrou mas (à luz dos dias de hoje), felizmente, P. salvou-se.

Tempos mais tarde, quando se julgava que este episódio estava esquecido e não era digno de crónica ou memória, P. teve a sua vingança. O cenário é o mesmo mas só uma personagem se altera. Em detrimento de Russo surge Jonas. Jonas (já retratado neste espaço) estava ao nível de P. em relação à chacota e um pouco acima de Russo, no que diz respeito ao intelecto. À medida que vai sendo bombardeado com graçolas não muito elaboradas mas venenosas, Jonas vai inflamando até passar ao ataque. P., R. e eu, fugimos até uma porta de um prédio. P. chega primeiro, não deixando mais ninguém entrar. Com a perigosa aproximação de Jonas, eu e R. suplicamos a P. para nos abrir a porta, ao mesmo tempo que estávamos completamente surpreendidos com a sua reacção. É então que P. encosta o seu nariz vermelho ao vidro da porta, aponta-nos o seu indicador direito e grita de forma vingativa, "O RUUUUSSO!!! O RUUUUSSO!!!". "Quem?", replicámos. "O RUUUSSO!". Jonas cerca-nos, enfia duas cuecas e duas e cabras a cada um e baza.

P. tinha a sua vingança, não servida a frio mas sim à base de muito cuspo na janela da porta do prédio.
Nesse dia P. foi um gajo mau, vingativo, irado. Hoje já não é assim, descobriu a fé. Há mesmo quem exclame que ele "é católico pa carago"...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Essa Serpa também sem fim



A tribo da "No" desloca-se neste próximo fim-de-semana a essa grande localidade alentejana chamada Serpa. Na passagem de ano de 1998/1999 deixámos lá grandes marcas e foi também a última vez que estivemos (quase) todos juntos.
Espero que os grandes momentos se repitam, excepto banhos de água fria em domicílios de desconhecidos e afins...