quinta-feira, 28 de junho de 2007

Da cidade

Eh, pá...! Nem sei bem por onde começar.

A cidade em si não é feia. Não é. Tem um palácio que muitas gostavam de ter. Tem um aqueduto centenário. Daí já ter água há muito tempo. Ao contrário de outras cidades que no tempo daquele aqueduto ainda nem tinham água potável. Claro que há coisas que não abonam a seu favor. Em primeiro lugar, os prédios. Cheios de inscrições do PREC ("Vota APU"; "Reagan Go Home"; etc), castanhos por fora e com cheiro a bafio por dentro, com abundantes marquises (moda do final do século XX). É feio, não é bonito...

A cidade começa mais ou menos na minha rua. A rua dos drogados. Mas eu não sou. É a rua dos Hévi-Métales, como um dia gritou da minha janela, o meu amigo C. Depois passa-se a estação dos comboios, agora renovada, mas onde antes um gajo se arriscava a levar com uma composição (nome pomposo) e a sujar a farpela antes de chegar ao liceu. Havia uma rede horrenda (propriamente chamada galinheiro). Essa rede separava a minha cidade do monte vizinho. Era roubos a toda a hora e ratazanas a dar com pau. Quando se entrava nesse caminho, era o ver se te avias. Correr era a melhor solução para não apanhar os meninos maus que nos roubavam os trocos que nós próprios já havíamos ripado da carteira da mãe.

Depois continuo a falar da cidade, porque a seguir à estação já estamos quase na "No Ending". Mas antes da "No" ainda falta uma beca. Ou um pitz, como diria o L.

(Ainda continuo à procura de comparsas. E ainda não pus de parte a ideia de que este blogue, se calhar, não devia durar mais que o tempo que o cavalo demorou a matar mais de metade da malta nova da minha rua .)

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