Hey, CJ! Não ponhas a tocar essa canção pra mim!
Não. Não vou falar nem da Baywatch nem sequer das idas à praia de Carcavelos logo após a realização das provas globais ou dos exames nacionais. Não vou, desculpem. Não vale a pena tentar. Podem relembrar-me das numerosas rasteiras que faziamos às nossas colegas, das bolas de areia, tipo "bomba", que lhes atirávamos sem piedade e, até mesmo, dos croquetes gigantes em que as tornávamos, logo após "o último banho do dia". Mesmo assim, não vou falar nisso.
Desta forma, a foto em anexo serve para chamar a atenção mas também para enquadrar a temática deste post, a nossa conterrânea, C.J.
Quem privou com ela, mesmo aqueles que não tinham a certeza, sabe que entre a nossa CJ e a da foto, há poucas semelhanças. Talvez a única coisa em comum entre ambas, é que nenhuma delas foi à praia comigo.
CJ deixou um legado fraquito na nossa memória mas ensinou-nos que as relações entre as pessoas não deveriam ser complicadas. Para ela, não há necessidade de se conhecer, minimamente, alguém para se conviver com essa pessoa. O seu pensamento era simples: "Uma pessoa, uma turma, um liceu, o Mundo, um Ser (seja ele qual for e qual a sua natureza), pode, devido à sua simples existência, ir à minha festa de aniversário. Eu sei que haveremos de ter algo em comum. Se por acaso não tivermos nada em comum sempre é mais uma prenda quida que recebo". No seguimento desta lógica, assisti a uma selecção criteriosa de convidados para mais um feliz aniversário de CJ, que passo a citar:
CJ - Olá, tudo bem? Vens à minha festa no sábado, no chinês do Jôta Pimenta?
Tuts Figas Cospe Fogo - Queria muito, mas não vai dar.
CJ - A sério, porquê? Era tão importante para mim que fosses...
T.F.C.F. - Sendo assim...
CJ - Pois, porque com 200 jantares, os chinezinhos oferecem 2 e uma garrafa de água ardente de lagarto só com 5 meses fora do prazo. O lagarto já quase em jacaré.
T.F.C.F. - É que vou jantar com a minha namorada que mora no Cacém e estuda em Benfica e só a vejo ao fim de semana.. Tu és importante, mas talvez me safe com uma esféfia, percebes?
CJ - Mas ela vem também!
T.F.C.F. - Népia, vocês nem se conhecem.. Ela ia ficar à nora.
CJ - Ela mora no Cacém. Estuda em Benfica, certo? E desloca-se de comboio?
T.F.C.F. - Confere.
CJ - Passa, por dia, em Queluz-Massamá e Queluz-Belas, pelo menos 4 vezes.
T.F.C.F. - Sim, e?
CJ - Há muito Queluz na vida dela!! Quase aposto que vamos ser grandes amigas. Tá decidido, até vai ficar na mesma mesa que o Capitão Robi.
T.F.C.F. - O Jorge Veríssimo Monteiro? Aquele que tem uma "cauda" de 27,5 cm?
CJ - Cauda? Pensava que era um cachecol..
T.F.C.F - O que tens tu em comum com ele?
CJ - É que eu tenho casa na Coina e ele já lá foi.
T.F.C.F. - À tua casa?
CJ - Não, à Coina. E gostou muito. Diz que ainda espera lá voltar, pois só por uma vez esteve todo lá dentro.
T.F.C.F. - Pudera... com 27.5cm de marro..
CJ - O quê? Não percebi, falaste baixo.
T.F.C.F. Nada, tava a dizer que tá combinado. Fica bem.
Da festa em questão reza a história que foi de arromba, sendo mesmo eternizada numa canção de Joaquim Barreiros, o famoso cancenotista ligeiro português:
"Fui aos anos, fui aos anos
Coisa boa essa festança
Conheci novas amigas
E depois foi sopa e dança."
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