segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não, não é o Miguel Guilherme. Parece, eu sei, mas não é.

Este sócio já merecia uma homenagem.

Entre os meses de Janeiro e Junho do ano de Mil Nove e Noventa e Seis, Ivanov foi o gajo que mais vezes vi "encavalitado" nas costas de grande parte das minhas colegas de turma. E isto, por si só, merece destaque e um óbvio pedido de desculpas por nunca ter sido aqui mencionado. Desculpa, Ivanov.
É certo que não era criterioso na sua escolha, mas também não tenho dúvidas que, naquela turma, nenhum outro rapaz esteve tantas vezes enrolado em cabelos femininos ou com a cabeça entre as mais diversas nádegas como este "cromo"(e não estou a ofendê-lo quando o trato por cromo, ele percebe porque me refiro a ele desta maneira).

Ivanov era, o que na altura se chamava a este tipo de sócios, fodido. Quando no meio de uma qualquer aula de Métodos Quantitativos víamos o Ivanov empoleirado em mais um dorso cândido, nós, com um misto de inveja e de orgulho daquele amigo que está sempre em alta, lá comentávamos para o colega de carteira: "Olha o Ivanov outra vez a fazer cafuné naquela sócia! O Ivanov é fodido..."

Mas Ivanov além de todos estes dotes de D. Juan tinha o dom da multiplicação... de ele próprio. Numa mesma aula, o cromo do Ivanov conseguia dar este tipo de "atenção" (if you know what a mean... - isto tem de ser dito a cuspir logo de seguida para o chão. mas só cuspo, sem escarra) a várias miúdas ao mesmo tempo. Era vê-lo nas costas de uma, a cheirar o rabo a outra e a morder os cabelos a outra. Bem, sócio! Até ficavas vidrado com tanta pujança que ele tinha. E mais! Havia situações em que uma sócia via a outra sócia a ser montada por Ivanov e nem dava conta que ela própria, naquele preciso momento, já tinha o Ivanov a escalar a sua espinha! E eu vi isto a acontecer (para mim o único senão deste cromo. bom tipo, mas eu não encaixo muito bem este tipo de cenas) com elementos do mesmo sexo que Ivanov. Não foi bonito. Atenção, nada contra! Não colem (usar o verbo colar neste post é o melhor toque de humor que eu podia ter feito. Assim, de fininho, sem levantar grandes ondas...) já o rótulo de homofóbico a este espaço cibernáutico! Mas não é correcto ver o Ivanov a soprar ao ouvido de uma sócia e, ao mesmo tempo, estar já abocanhar o capuz do Duffy de um sócio (sem este notar) que está a admirá-lo pelas suas demandas junto do elemento feminino acima referido. Cada cena a seu tempo! É que isto assim já tem ares de doença. Há limites. E para mim quando se passam certas fronteiras... já me custa um pouco mais. Há cenas que não colam (Vai buscar! Mais uma vez o verbo colar. Sou fodido! Não tanto como o Ivanov e, segundo sei, nunca o foi... por ele).

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Todos os nomes

Começamos hoje a publicar todos os nomes da nossa cidade... Directamente do fundo do baú, uma lista surgiu para nos inquietar. Nomes que permaneciam no silêncio das gavetas e que agora revelamos. Inspiremos...
Vamos!

Campónio

Morte

Capucco

Manuel Cigano

Celito

Marta Cigana

Pior

Soltem as Vacas

The Família

Bidu

Carolas

Zé Mau

Nazi Skin

Talhante da Cinderella

Pamela da No Ending Street

Tei

Parlati Italiani

(Aguardo que o Caleja aqui deixe umas notas soltas sobre estes nomes...)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Músicas do meu tempo

Não considero isto uma resposta ao Caleja depois da sua soberba descrição - em «Hardcore Fooorward» - da música do nosso tempo.
Quero que os estimados leitores saibam sobretudo que sou um desgraçado de um preguiçoso para o exercício memorialístico. Mas como sou o melhor gajo do mundo (como diria deus) em aplicações web 2.0, pus agorinha mesmo umas faixas de um cd perdido que veio ao mundo com o nome - genial, diga-se - «Boys Wear Short Hair».
Este conjunto musical de seu nome «Cab Eleven» ou «Cab11» teve uma glória breve e efémera, mas isso não quer dizer nada acerca da qualidade dos seus músicos ou da sua capacidade inventiva. Quer dizer apenas que tiveram uma glória breve e mesmo efémera.
Nomeadamente e naturalmente, este CD só esteve à venda em lojas de surf de segunda classe, em caves obscuras de centros comerciais lastimosos e mal-cheirosos. Mas esteve à venda. Ouvimos dizer depois que as cópias piratas (caseiras) que havíamos produzido, passado algum tempo, emitiam um som de castanholas em fundo, que - juramos - não fomos nós que gravámos.
Enfim. Espero que gostem! Não fiz o ápilôad das faixas que tinham as misteriosas castanholas mas apenas das imunes a essa estranha penetração espanhola. E isto não soou muito bem...

domingo, 28 de junho de 2009

A Mão de um "Maneiras": subsídios para a construção de um quadro tipológico (2ª parte)

Nota de editor: O post que seria dividido em dois será, possivelmente, tripartido. Problemas editoriais para facilitar a leitura, aliados ao aumento da informação produzida pelo autor levaram à tomada desta decisão. Apresentam-se, desta forma, as mais sinceras desculpas, conscientes que mesmas, bem como as razões acima descritas, serão aceites e compreendidas.


O estilo que o "Maneiras" adopta na vida e na relação com outros elementos da mesma espécie, independentemente da fase de evolução que integram, está muito relacionado com o posicionamento da mão face ao restante corpo. Vejamos:

Ao longo deste espaço temporal de cerca de 10 anos, conclui-se que a Mão do “Maneiras” é tensa e começa por ser um pouco fechada em si mesma, crescendo ou não, consoante a elevação que o seu dono tem perante a sociedade que o rodeia. Isto é, a mão fechada sem nada lá dentro é sinónimo de pouco estilo e estatuto social. Uma mão cheia de sinais exteriores de riqueza é, proporcionalmente ao valor desses sinais, um sinal que existe estilo e que se caminha para o topo da pirâmide.

As minhas observações relatam a evolução da seguinte forma:

- aos 17 anos, o "Maneiras" começa a abrir a mão. Lentamente, esta sai das calças (não estou a dizer que existe um abandono do “bilhar de bolso”, antes pelo contrário) ficando, somente, o polegar preso nesse mesmo bolso. O "Maneiras" que é um jovem do liceu e que tem noção que não sairá de lá tão cedo, sabe que, nesse Verão onde fará a transição para a maioridade, tem que ir trabalhar. Desta forma, a mão que se começa a soltar e, embora sempre tensa, começa a criar espaço para o que brevemente irá albergar.

- o primeiro trabalho permite a compra de uma carteira que já não pode ser das Dunas ou aquela comprada pela avó no Arraial do Dia do Benfiquista ou na excursão a Fátima (onde a avó comprou uma tábua de cortar queijo, em cortiça com um azulejo com o Galo de Barcelos, “para o teu enxoval, meu filho”). A nova carteira tem pele e espaço para muito dinheiro (o trabalho de Verão…). À noite, quando se junta aos seus amigos no café mais central de Queluz, o “Maneiras” já usa a Mão direita para transportar a carteira. A sua mão, em forma de semi-concha, permite defender a nova aquisição da ladroagem, mas também (o mais importante de tudo), mostrar aos seus amigos a sua marca e volume (o que está lá dentro não interessa, embora os cafés fiquem, dessa vez, por sua conta. E a amêndoa amarga para aquele pita languí que quer começar a beber nesse Verão).

- neste estado primário há, por vezes, uma nuance entre os “Maneiras”. Essa dissemelhança só existe se um dos seres fuma ou não. O que não fuma mantém-se idêntico ao descrito em cima. Já o que fuma, tem que abrir ligeiramente a mão para colocar o maço de tabaco. Neste caso, a ponta dos dedos segura a carteira que tem agora, como companhia, um maço de Marlboro ou SG Ventil colocado bem próximo da palma da mão. Este último ponto, embora definido como algo exótico dentro da evolução do “Maneiras”, não é de menos relevância no seu processo evolutivo. Este, que consegue já deter duas matérias do seu “pacote cultural”, terá muito mais facilidade em se adaptar à próxima fase. Por outro lado, o que não fuma verá na sua mão uma certa resistência à assimilação de novos componentes artefactuais, embora crono-culturalmente enquadrados com a sua espécie e estado evolutivo. O facto de ultrapassar este obstáculo de maneira tranquila e (muito importante!) sem que os outros “Maneiras” se apercebam do mal-estar causado por uma nova realidade, não me permitiu criar uma nomenclatura especial que distinguisse o “Maneiras fumador com 17 anos” do “Maneiras não fumador com 17 anos”. Não há, no estado actual dos conhecimentos, dados que me levem a crer que são subespécies diferentes. A classificação de nuance parece-me a mais apropriada. No entanto, não é um capítulo fechado. Não duvido que, noutros meios ambientais, com o respectivo condicionamento socio-cultural, o “Maneiras” não possa sofrer uma pressão tão grande que leve a alterar a forma da Mão, permitindo-lhe outro rumo evolutivo distinto do aqui caracterizado e demonstrado. Questiono, por exemplo, que efeito teria, nesta fase, a colocação de um pacote de tabaco de enrolar (em vez do maço), ao que se acrescentaria o dos filtros (sei que podem vir no meio do tabaco, mas e a máquina para enrolar?), numa mão que tem a carteira como base de sustentação? O pacote do tabaco de enrolar é maior, em termos de área e não em peso, do que uma carteira do “Maneiras”. Isto levaria a um alterar de padrões mentais enfiados no subconsciente, que iriam condicionar o crescimento do Cérebro e da Mão, dirigindo estas matérias para finalidades desconhecidas e de difícil apreensão cientifica.

Concluindo, com a fase primária da evolução do “Maneiras” inicia-se uma hierarquização e ordenamento logístico do espaço manual a ocupar pelas diversas “jóias” que preenchem a sua vida. Há a carteira e há (ou não) o tabaco. A pirâmide constrói-se e o “Maneiras” cresce socialmente.

Literalmente, “vida na palma de uma mão”.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Mão de um "Maneiras": subsídios para a construção de um quadro tipológico (1ª parte)

O Homo Queluzensis tem características invulgares, de grande raridade, que o tornam distinto dentro de uma sociedade cada vez mais virada para a banalização e uniformidade física e mental. Felizmente, ao contrário de outras espécies, está longe da sua extinção. O seu estudo metodologicamente correcto obedecerá a múltiplas leituras transdisciplinares, abarcando diversas áreas do saber, quer no campo das ciências exactas, quer no campo das ciências sociais. Devido à minha formação académica, aliado ao objecto de estudo que hoje se pretende caracterizar, a Mão da espécie masculina, optou-se por começar a reflectir sobre a evolução desta, partindo de observações meramente antropológicas (com mais ênfase no campo social do que no campo biológico).
Na elaboração desta análise, não recorri a nenhum autor famoso em especial, nem mesmo a antropólogos locais. Nestes últimos, mesmo que quisesse não o podia fazer. É que a última vez que soube do Zé do É, tinha o nome de Jamon Boca Amarilla e estava como guerrilheiro na América do Sul, depois de lá ter ido procurar nomes de novas bandas rock para colocar no seu Caderno de Campo. Diz quem sabe que o nome Papoila o atraiu para zonas inacessíveis às policias militares e governamentais, pensando, na sua cândida inocência de quem é cientista, que o nome Papoila podia ser uma cover do hino de Luis Piçarra, cantado por uma banda colombiana. Caiu na armadilha…
Desta forma, este estudo tem como base empírica a pura e simples observação de vários elementos da espécie em questão e do seu comportamento social ao longo do seu espaço de vida, compreendido entre os 17 e os 30 anos de idade, quando integra a fase de evolução denominada de “Maneiras”.

ps: este post virá, em princípio, subdividido em dois. Espero ser breve na colocação da 2ª parte, pois não quero defraudar as duas pessoas que ainda passam neste local (esperando que nenhuma delas seja o antigo Zé do É ou um outro elemento do seu Cartel).

domingo, 22 de março de 2009

Hard Coooore, FORWARD!


Fim do ano Mil Nove Noventa e Cinco. Um núcleo sub-urbano, movido pela nova ordem alimentar que contraria a mais elementar Roda dos Alimentos, lentamente, avança por um caminho revolucionário que tem o seu inicio após a morte de Kurt Cobain, um ano antes. De forma marginal, as camisas de flanela aos quadrados, os cabelos compridos, os pescoços com tendência a andarem tombados, as vozes grossas cheias de água gaseificada, são substituídos pelos Airwalk, pelas calças e calções largos do Pereirassss, por casacos às riscas (da Adidas ou Adónis, consoante as carteiras), cabelos rapados, correntes e por ralos de um lavatório lá de casa, que agora faz de adorno no pescoço. É uma nova Era. Uma nova tendência que vai marcar os liceus locais. A Revolução não se faz só na aparência, mas sim, acima de tudo, na música e na alimentação.
Quando começaram a aparecer, sentados nos bancos mais merdosos do Liceu, munidos das sua violas compradas para a Catequese e que deram os primeiros acordes para tocar as "Dunas" e sacar um beijo a uma pita lânguida, numa colónia de férias de uma Multinacional ou instituição bancária (embora este dado, fosse, face aos novos ideiais que emergiam, sempre omitido), tal como a Coca Cola (bem maldito oriundo de americanos capitalistas e blá, blá, blá), primeiro estranhou-se, depois, tal como uma seita que prometia saúde eterna à custa de pipocas feitas sem milho "primogénico", entranhou-se.
O grupo foi crescendo. Foram ficando cada vez mais fortes. Não bebiam, não comiam nada oriundo de animais, e, tal como um senhor que conheci nas obras e que nunca ouviu falar de Veganismo me disse: a "carne vermelha? só como a que tem cabelos!". Tiveram o poder de alterar todo um grupo colegial. Uns ficaram mais agarrados que outros. Há, ainda hoje, quem não coma carne!

Um dia, correndo o risco de ficar sem amigos, vesti umas calças largas, coloquei uma t-shirt em cima de uma outra e fui até à capital, a uma "reunião" que tinha lugar no Ritz-Club. À porta é que vi a proporção daquele movimento. Eram para cima de 50 pessoas! Pensei, "se esta malta se lembra de se juntar, estamos todos com 3 X na testa não tarda nada!".
À entrada descobriram o meu disfarce. Não era um deles. Quando me dirigi para pagar o bilhete ia sendo sovado porque não tinha levado o pacote de arroz integral. -"Olha-me este Vertebrado Carnívoro... Onde é que está o teu arroz integral? Este quer pagar com dinheiro sujo que o carneiro do papá recebeu por trabalhar para esta máquina imperialista, que rege os escravos de uma sociedade decadente, que não se ergue e fica passiva a levar no cú de um Estado que só tira e ainda tem a vergonha de conceder este papel retirado das ilustres florestas amazónicas, onde irmãos índios lutam pela liberdade desde que Álvares Cabral lá foi dominá-los e pregar uma fé que queimava bruxas na fogueira!", disse um porteiro, com ar ameaçador.
- "Mete-lhe mas é uma farinheira de tofu pelo cú acima, pois sempre está habituado a ser papado pelo Sistema!", disse um outro.

O ambiente estava pesado. Lá consegui entrar, usando o dinheiro sujo que, afinal, sempre dava jeito para comprar aquela t-shirt que tinha um touro a enrabar um bandarilheiro que, como vinha de fora, custava 5 contos. Via-se que eles eram diferentes, quase selvagens. Eu, por 200 escudos, alugava um filme da Cicciolina e também via animais de grande porte a enrabar seres humanos. Olha lá se tivesse 5 contos...

A primeira banda sobe ao palco. A batida é forte, os berros ainda mais. No meio da multidão (perdoem-me a ironia, mas 50 pessoas são 50 pessoas! É muito arroz!), percebo que o desodorizante também deve ser feito com algo oriundo de animais. As músicas são iguais umas à outras. Começa com uma entrada de um baixo bem alto, a bateria ameaça, de repente há um berro e... lá vai ela! A bateria vai sempre igual que nem uma música de cancenotismo ligeiro português. Tocaram para aí 4 bandas e não dei pela diferença. Mas o melhor estava na mensagem. Polícia, Segurança Social, Governo, SNS, USA, sabão azul e branco testado em animais de punks do Rossio, todos estes e outros assuntos eram os visados. A malta obedecia. Gritava, saltava e levava aquilo a sério.

Passados estes anos todos é fácil constatar a fraqueza do movimento. Na altura, parecia fazer sentido. Mas, aqueles jovens que tinham entre 15 e 18 anos, depois descobriram o álcool e que, de uma rapariga, podia-se retirar muito mais prazer além de umas boas beringelas recheadas que ela possa saber cozinhar. Os valores foram ficando para trás, esquecidos.
Fez parte de uma geração. Mas porra! Não era difícil prever este epílogo. É que grande parte dos partidários e líderes desta acção tinham particpado na série juvenil "Riscos"... Queriam milagres?

A todos os que, por momentos, acreditaram na Saúde Eterna, a minha homenagem

"Nas ruas da cidade há pessoas a morrer
mas a vergonha maior é ter carne pra comer.
O Governo cabrão gosta de pagar salários,
mas a mim não me enrabam, seus Otários!
Enquanto o pastel de nata não der lugar ao tofu
e o Galo de Barcelos ao Alho Francês cru,
esta será a nossa luta e ninguém nos vai deter
nem mesmo a Policia que sempre... FICA A VER!
FORWARD! HARD CORE, FORWARD!"

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Processo CAQ


Esta imagem chegou à minha morada, acompanhada por um bilhete anónimo, com o seguinte texto:

- "É tempo de dar o Grito do Ipiranga. Só vocês da No podem divulgar a verdeira história do Clube que tinha como sonho ter uma piscina nas traseiras do Pavilhão. Desculpem manter-me assim, anónimo, mas a vergonha ainda é maior que a dor sentida naquele estágio em Sintra, ou em Évora, ou na Praia das Maçãs ou no backstage do palco do antigo edificio junto aos antigos Correios (vulgo Zarabatana). Vamos, doa a quem doer... (a mim já me doeu o suficiente).
Arigatou Gozaimashita.”

A minha primeira tentação foi rasgar a foto, tal era a afronta para com a instituição e para com personalidade em causa. Mas logo reparei que vinha em formato digital.. não dava para rasgar. Ok, venceste, ó Anónimo. Deverás ser um daqueles apelidados como a "Vergonha dos Olhos Azuis".
Mas porquê trazer de volta os demónios e pesadelos do passado? Já enterrados (mau termo, face ao contexto) e esquecidos? Quem és tu e como ousas atacar pessoas que, só porque viviam sozinhas, davam-se bem com crianças até terem 14 anos, davam-lhes boleias, faziam questão de obrigá-las a tomar banho após um treino e faziam-lhes cócegas nas suas virilhas?

Escusava de me relembrar disto tudo. Após quase 15 anos já conseguia ver, novamente, o Karaté Kid no Canal Hollywood. A Elisabeth Sue voltava a ser uma pita algo anafada, longe de imaginar que iria embedar-se com o Nicolas Cage.

Desculpa, mas não serei a tua Felícia Cabrita.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

"This is for you...Shidoshi!"


No dia de ontem (20 de Janeiro de 2009), o ilustre fundador deste espaço, JLM, deu mais um passo rumo à sua merecida canonização.
No meio dos seus mentores espirituais e acompanhado por boa parte dos seus ilustres amigos e familiares, JLM deixou ainda mais para trás todos aqueles que, orgulhosamente, se declaravam como vices. Ao desafio da frase "Já sou Vice!", JLM respondeu com um bem claro, "Já sou Mestre!".

JLM entra agora na galeria dos poucos Mestres dignos do nosso respeito e admiração: Mr. Miyagy; Shidoshi; Mestre Amélias; Mestre Dacú Linária; José Manuel Mestre; Grão-Mestre; Mestre de Avis.

Parabéns JLM!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"Puta vida merda cagalhões"

Bienvenido al canal Titan. En momentos se muestra una cronica que contiene palabras que pueden herir la sensibilidad del espectador.

Numa sociedade regida pelos paradigmas normais da boa educação, o uso do calão, "alhos e bugalhos" e outro tipo de "caralhadas" (daquelas que o senhor Carlos do Vegas evitava a todo o custo para não ofender "mulheres casadas") é altamente discriminado e proíbido. Pelas grandes viagens que já fiz na minha vida (e foram muitas desde da No até Lisboa, pelo comboio), vi que essa sociedade que a minha mãe sempre me falou e fez questão de me incluir, deve estar mais longe do aquilo que ela pensa. Eu diria mesmo que poucos a habitam. Aliás, deve ser mais difícil entrar nessa Sociedade do que "sacar um boquete" a mim próprio. E não é pelas costelas ou por falta de elasticidade, é que é mesmo mitra e cheira a fénico constantemente, e depois também há o beribéri...

E quando não conseguimos juntar-nos a um grupo só temos uma coisa a fazer, criar um outro grupo, de preferência totalmente o oposto do que está em vigor. E foi isso que fez a personagem de quem hoje vos quero falar, o Titan.
Titan só sabe dizer asneiras. Não é dizer merda, é mesmo dizer palavrões. Em toda a frase que profere há sempre meia dúzia de caralhadas que, à primeira vista parecem descontextualizadas, mas, no mundo de Titan, fazem todo o sentido. Para Titan, os palavrões são a pontuação de uma frase bem falada ou escrita. São os adjectivos, as metáforas, os advérbios, o sentido das frases, são uma gramática completa de trazer debaixo da língua. A frase, a questão, o paleio, tudo isto só fica completo se tiver uma obscenidade.
Quando Titan nasceu e o médico lhe deu as palmadas no rabiosque cheio da goma da bejuegua de sua mãe, Titan não chorou. Em vez disso, virou-se para o médico e carinhosamente (como qualquer bebé quando é bebé) disse-lhe: "A quem é que estás a bater ó filha da puta? Se queres bater bate aqui uma pívea, cabrão do caralho! Devias era ir pá cona da tua mãe mais longe!". Logo aí se viu que Titan não era igual ao comum dos mortais. Mas também não era diferente, era Especial. "Pronto Titanzinho, já passa, o dr. já vai levar tautau. Mau!", terá dito sua mãe para o acalmar, ainda desconhecendo que aquele era o estado normal do seu rebento. "Cala-te mas é ó puta do caralho! Dá cá mas é as tetas para eu mamar antes que te ponha aí o Zé que Chupas para sacar uma ganda espanholada e mandar-te molho inglês para as trombas!", retorquiu Titan, com a bem vincada ingenuídade de uma criança acabada de ser colocada nesta selva.

Titan cresceu, foi aprendendo e inventando mais palavrões para completar as suas ideias e pensamentos enquanto dialogava com os seus amigos (que por sinal foram sempre dos mais retardados da história local, vá-se lá saber porquê). Na escola, as idas ao quadro nunca eram amigáveis aos ouvidos mais sensiveis. "Em que ano se deu o Grande Terramoto de Lisboa, Titan?" perguntou a sua professora. "É fácil, mas antes de mais vai pó caralho! Foi no ano de 1755 no dia em todas as putas e paneleiros da merda de Lisboa foram às igrejas fazer broches aos padres e comer cagalhões cheios de hóstia", respondeu Titan. "Escusava de ser tão completo, mas está certo. Olhe que no teste tem linhas limite para responder às questões, seja mais sucinto.", aconselhou a prof.

Entretanto fui perdendo o rasto a Titan. Sei que dá aulas de português a jogadores de futebol estrangeiros, que cumprem a primeira época no nosso país. O último diálogo que assisti foi no seu casamento com o Petit, o único com quem é capaz de falar sem que o outro se ofenda ou dê o devido troco. A cerimónia passou-se da seguinte forma:
Padre: - Titan, aceita casar com o Petit Trabuco equipado à Boavista e que tem como padrinho o Martelinho? E tu, Petit?
Titan: - Com todas caralhadas que tenho na boca para dizer hoje e sempre!
Petit: - Fodasse! Nem que eu tenha que pedir outro caralho de outro nariz ao cabrão do João Garcia da próxima vez que for aos Himalaias, hei-de ser sempre bonito para o meu grande Monte de Merda que é o Titan!

Bonito, não é? E praguejaram felizes para sempre...

domingo, 21 de setembro de 2008

O Enigma de JLM

Andei cerca de 20 dias a matutar sobre a pertinência do post "Só na sanita!", colocado por JLM. "Mas porque razão se fala da retrete e do que se lá passou, se isso não faz parte da nossa terra? Será que a temática que fez com este espaço tertúliano nascesse já foi alterada? E ninguém me avisou? Nah.. o JLM deve ter alguma razão para esta cena... É verdade que ele sempre foi muito à frente do seu tempo e dos seus pares, mas esta eu vou atingir". Foram estes pensamentos que me assolaram a mente durante quase um mês. Dúvidas, pesquisas, investigações, interrogações, tudo isto roubou o meu tempo. Esqueci família e amigos. Deixei mesmo de ver a homenagem a Camilo de Oliveira na SIC. Abstrai-me tanto do quotidiano que quando fui pôr gasolina ao fim destes 20 dias fiquei surpreendido, pois tinha baixado 1 cêntimo. "Dasssseee!" O Mundo andou mesmo...

Mas estas buscas e privações não se revelariam infrutíferas. Cheguei onde o JLM nos quis levar.
A relação do seu post com a nossa terra, é que o actor principal do mesmo é o Rocha do Duarte e Companhia! Custou mas foi! Vai buscar!

Rocha é um membro ilustre da nossa terra. Já foi mencionado neste espaço, embora nunca como actor principal, logo ele que nunca o foi. Mas hoje vou-lhe erguer uma estátua, uma homenagem merecida por quem muito já me deu. Sim, é verdade! Rocha já me ajudou muito. Passo a explicar.
Rocha reside no café do Alfredo em pleno topo da No Ending Street. Bem no cimo da rua, onde já sabemos que metade do percurso já está feito. É lá que estão as casas mais caras, os melhores serviços (Café Arcada, Notário, etc) e foi onde viveram também os saudosos guardiães da rua, Galvão, Bruno 7º, Bruno de Óculos, Chôras, Calvário, Manel e Zé Piqueno.
Sempre que eu ia a caminho da estação, do Jota Pimenta, do café do G. ou a casa de JLM, ia pela No. Quando chegava ao cume, lá estava ele, sentado na sua mesa no café do Alfredo. Ele fulminava-me com aqueles olhos de quem já matou pessoas e eu, amedontrado, só conseguia mirar o seu bigode farfalhudo. Quando regressava dos meus múltiplos périplos da vida (e desculpem se eu tenho uma) lá continuava Rocha, aínda com a mesma chávena de café. Foram anos assim. Muitas vezes olhava em volta a ver se alguém via o mesmo que eu ou se aquilo era só um holograma imaginário produzido pela minha mente já cansada de tanto escalar a rua sem fim.
Eu questionava-me constantemente: "Como é que ele fez o Duarte e Companhia se está sempre aqui? Eu vi essa série e os cenários não eram o café do Alfredo! E as peças no Parque Mayer, como e quando é que as faz? Ele está sempre aqui!" É que peças de revista como "Tás com pressa? Vai mas é para o Parque, mais ó caralho!", ou mesmo "Jogas com as pedras no Parque e então sou a seguir ao Parque!",não foram, segurantemente apresentadas e ensaiadas no café do Alfredo!
E na mente dele, em relação a mim, será que pensava o mesmo? "Como é que este sócio anda na faculdade, mama na boca de grelucho largo, é um gajo maneiras para os seus, tem tempo de escrever num blog que nunca é visitado e sofre por um clube sem glória, se anda sempre aqui a subir a No? Alfredo orienta mais uma bica, mais ó caralho! Olha aqui está mais um bom título para a revista, "Orienta mais uma bica, mais ó caralho no Parque!". Tenho que dizer isto ao Zé Raposo e à Marina Mota."
Mas este homem é a razão por eu ainda não ter ido para a prisão mamar marros de blacks mal intencionados ou apanhar bué de sida de seringas perdidas no meio do empadão de carne, reliogiosamente servido às segundas-feiras. É que sempre que havia um acto criminoso à hora que eu andava naquele lugar mítico ele era o meu álibi. Ele via-me. Ele sabia que eu não podia ter cometido um acto criminoso, se estava a subir ou a descer a rua. "Não senhor guarda, esse rapaz não esteve em Mogadouro a dar pontapés na tromba de senhoras brasileiras que desviam senhores casados do recanto do seu lar. A essa hora eu, Rocha, actor, entre outras composições dramaticais , de "Vai mas é bater pívias para o Parque!", vi-o a passar por aqui. Está inocente.".
Tanta vez imaginei estas palavras a sair de sua boca, a salvar-me, quando eu já estava algemado a entrar para dentro de um carro da polícia, ouvindo as famosas frases: "Cuidado com a cabeça" ou "Meninos bonitos como tu a Lady Mulher do Mantorras adopta logo. Não vais ter problemas na choldra, ele/ela protege-te. Só que daqui a uma semana quando te quiseres peidar, cagas-te."
Felizmente, nunca foi preciso o Rocha fazer isso por mim. Nunca fui sequer suspeito de qualquer desvio à Lei. Mas sei que o Rocha faria isso por mim. Aliás, eu faria o mesmo por ele. A sua situação era idêntica à minha. Eu também era o seu álibi. Eu salvar-te-ia Rocha, se fosse necessário. Se depender de mim os únicos chatos que viverão no teu bigode são os que apanhaste daquele japonês a quem sempre chamaste chinês.

Ganda Rocha, só espero que esse aperto que deste nesse fiscal de linha não te coloque problemas. É que isso está gravado. E aí, eu não poderei fazer nada. Mas se fizeste isso pelo Benfica, é óbvio que terás uma medalha no 10 de Junho. É que este país ainda não está maluco! Bem haja!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

"You know what Ol'Jack Burton always says in a time like this..."

A década de 90 nem sempre foi um sucesso no que diz respeito à nossa evolução socio-cultural, bem como à superação físico-motora que o desenvolvimento da sociedade impunha ao nosso corpo.
Num exercício rápido, das coisas boas dessa década, podemos recordar a dobragem para brasileiro dos Soldados da Fortuna (Esquadrão Classe-A), a existência da linha telefónica 10 10 10, onde podíamos ganhar montes de prémios se soubessemos que o Corcunda mais famoso era de Notre Dame (e não dos Jerónimos), e, também, que Michael Thomas, além de ter "big balls", era fã de Robert Niro.
Por outro lado, das coisas más, tentamos esquecer que o Aramis nos desenhos animados do D'artagnan era, na realidade, uma gaja boa ou, de forma mais penosa, que qualquer cigano podia ter umas calças El Charro ou Uniform, sem que por isso tivesse dado 15 contos (na moeda antiga), como qualquer outro otário de diferente etnia ou credo não residente no Bairro da Fonte.
Mas, para mim, houve outro facto que marcou de forma mais negativa a última década do século passado, os Limpos.
Os Limpos foram o movimento mais estúpido e destruídor de capacidades motoras de jovens dos anos 90. Basicamente (para quem só chegou agora ao Mundo ou andou agrilhoado numa cave com 30 gatos durante 15 anos, tendo agora atrofia de movimentos e claras dificuldades em lidar com luz natural ou em articular palavras), os Limpos consistiam numa ameaça constante por parte do sócio mais parvo da rua que, ao simular que nos ia bater (mas sem tocar, pois se isso acontecesse insurgia no acto penalizante contra si próprio denominado Sujos), fazia com que nos retraíssemos ou tivéssemos um acto defensivo, vulgo reflexo. Posto isto, o autor emítia o grunho "Limpos" e enfiava, sem sabermos de onde vinha, no nosso peito, de forma binária, os 5 dedos juntos de uma mão com uma força tal que aínda hoje há pessoas com "cancaro" no peito por causa disso.
Este acto, além dos efeitos negativos imediatos, facultava, no corpo e psique humana, danos colaterais irreparáveis. Atrás de um Limpos vinha outro. Quando surgia o acto de castigo acima descrito, o sócio tinha por hábito realizar um novo Limpos. Consequência imediata: castigo a dobrar. Além disso, começaram a surgir novas variantes de Limpos: Babalus, Cabongues e outros nomes derivados de uma série horrorosa japonesa que tinha como personagem principal um gajo que deu origem a um jogo para nerds sem vida social, o Sodoku.
Foram momentos de stress, privação de liberdades e alegria. Vivia-se em constante alerta e numa contracção muscular altamente perigosa. A qualquer momento podia vir uma ameaça. Começámos a petrificar, a ser blocos de gelo sem expressão. Os reflexos naturais de um corpo são desvaneceram-se lentamente. Aos poucos, ficámos sem reacção a movimentos ofensivos à nossa integridade física. Eu que era um gajo que praticava artes marciais nunca mais ganhei um combate, pois pensava sempre que os ataques que sofria podiam ser um Limpos. Isto para não falar nas lesões na cabeça e os ossos partidos. Tempos difíceis...

Até que um dia alguém, muito zangado, que já tinha perdido familiares e amigos e farto de ver outros a ficarem, irremediavelmente, perdidos para a vida devido às lesões crónicas, decidiu sensibilizar o dono da brincadeira que, passado uns dias publicou o seguinte Édito: "NÃO HÁ LIMPOS EM 97!"

Agora sim, os que ficaram poderiam, finalmente, viver felizes para sempre.... pelo menos até surgir a Piada da Mãe.

Nesta nostalgia nostálgica recordo aqueles que, por desconhecimento das regras, ficaram por debaixo de carros e comboios. Infelizes, não sabiam que a única regra que nos defendia era que não havia Limpos com objectos...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Direito à resposta


Massa de Esparguete, galopante fumador de cigarros em elevadores de prédios residenciais, lançou pertinentes questões acerca de Dominik (vide post "A inconsciência dos sonhos"), que dão espaço a alguma reflexão. Questões de vária índole como, "Afinal como é que Dominik ficou coxo?" ou uma outra, mais transcendental e esotérica, "Terá tão mítica e novelesca figura realmente existido?".

Vamos por partes, começando pela questão mais fácil, a segunda.

Dominik existiu e existe. É um facto comprovado. Não é um mito urbano. É uma lenda viva. Tem uma sapataria e descendência directa. Já o vi e ouvi e sei que existe. Conduz boas motos e carros (Batmobile, ape50 da Piagio), faz magia enquante cose sapatos e mata pessoas só com um murro. Tudo isto é verdade. Tou-te a falar a sério!

A primeira questão é, de facto, um grande mistério. No burgo, o único mistério comparado com o que aqui se fala, é só o episódio real em que o Barata teve 18,4 no exame de Português e, mesmo assim, chumbou. Daaa-sse!

A principal causa do deficiente andamento de uma perna de Dominik tem sido alvo de diversas teses e versões que só o próprio poderá confirmar. Mas porquê que nunca ninguém lhe perguntou? Mentira. Essa questão já foi diversas vezes colocada a Dominik, mas nunca houve uma coerência nas respostas, facto que tem alimentando cada vez mais este mistério. As respostas foram várias: "Adormeci em cima de uma pedra fria"; "Fui atropelado"; "Foi na Guerra"; "Foi o Petit"; "Foi a entreinar as fintas com o Dominguez".
De facto, cada episódio parece ser mais verosímil que o outro. A confusão impera. Há lacunas na comprovação dos factos avançados por Dominik. Será tudo uma estratégia de marketing? Que produto será este, o Dominik?
Eu acho que ele é um agente secreto. Ou já foi. Foi enviado para o nosso burgo com uma missão. Qual? Por quem foi enviado? Porquê? Isso é outro campeonato... não sei. A confusão sobre o seu passado, o disfarce de sapateiro-palhaço, um cão que canta, um murro que mata pessoas, tudo isto é estranho e suspeito. E há outra coisa. Há quem pense que, na sua bengala, se esconda uma espada... Porquê? A verdade é que um dia o Massa de Esparguete tentou desenroscar a bengala e ele ficou inquieto.. Será que Dominik é um vagabundo tipo o da "Fúria Cega" que um dia pára numa localidade para ajudar as gentes locais? Esse também tinha uma espada na bengala... Será que a sua missão aínda não acabou? Instalar-se na No Ending foi essencial, pois aí não há lei e ele, hoje, é uma autoridade, no alto da sua cadeira de sapateiro.

Não sei... há qualquer coisa que me inquieta naquela figura. Ele sempre disse que nos protegia. Tem uma pistola de alarme para afastar as pessoas que jogam à bola perto da sua janela, ele, facto, é algo fora no normal.

Ou será que Massa de Esparguete tem razão e ele é uma figura "mítica e novelesca" que está só na nossa imaginação? Um anjo na Terra? Michael Landon?

"There was a game we used to play
We would hit the town on Friday night
And stay in bed until Sunday
We used to be so free
We were living for the love we had and
Living not for reality

It was just my imagination"

(The Cranberries - Just my Imagination)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

GORDAAA!!!

(desculpem, mas apeteceu-me desabafar.)